Postado em 23/02/2008:
Acabei de escrever um e-mail a um rapaz que se diz ateu, que pediu para eu contar coisas reais e concretas da minha vida. Acabou que o e-mail ficou enorme, mas ele não pode reclamar de que estou escrevendo teorias... Achei que aqui seria um bom local para postar este e-mail. Acho que vai servir para a edificação de muitos! Boa leitura!
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Desculpa a demora em responder desta vez. Tá sendo uma semana corrida, mas resovi dar uma parada pra escrever o q vc pediu até pq isso tem tudo a ver com a minha história tb e acho q vai ser legal contar.
Vc pediu coisas específicas, concretas, que tem a ver com a minha vida hoje e não apenas com algo que aconteceu a 2000 anos atrás. Vou falar de coisas da minha vida, mas que são impossíveis de não se relacionar com algo que aconteceu há dois mil anos. E porque um fato que aconteceu há tanto tempo não poderia estar relacionada a minha vida hj?
Vou tentar, ao mesmo tempo, responder à sua pergunta sobre como Jesus pode ser meu Senhor se minhas escolhas são tomadas por mim mesmo.
Eu sempre acreditei em Deus pq fui criado em uma família evangélica. Mas quando era adolescente decidi não ter medo de colocar minha fé a prova. Minha teoria era simples: se o que eu cria era verdade, isso iria resistir a qualquer prova e eu iria sair com mais fé e mais convicção. Se não fosse, eu seria "liberto pela verdade". Então decidi não ter medo dos questionamentos dos meus amigos, mas considerar todos eles.
Acontece que pra quase tudo havia argumentos e contra-argumentos. O que eu não entendia bem naquela época (e talvez não aceitaria se alguém me dissesse) é que certas coisas seriam mesmo difíceis de se compreender com a mente, pois o plano de Deus é que o conheçamos, que tenhamos um relacionamento com Ele. Isso era bonitinho de se ouvir, mas eu não imaginava essa coisa na prática. Pra mim, Deus existia, mas estava distante. Havia um abismo intransponível que só poderia ser rompido com a morte. Em outras palavras, conhecer Deus de verdade, só mesmo depois desta vida.
Em parte, ainda penso assim. Inclusive a teologia bíblica acena para o fato de que o conheceremos como Ele é quando sairmos deste "templo" atual (nosso corpo). Mas isso não significa que todo o relacionamento tenha que ficar para depois e que agora, tudo o que devemos fazer é seguir apenas pistas deixadas em um livro escrito um punhado de "iluminados". Como está escrito em um dos poemas mais conhecidos, aquele que fala sobre o amor: " Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido" (1Coríntios 13.12). O apóstolo Paulo, que escreveu estas palavras, sabia da sua experiência com Deus, mas sabia também que isso não era nada comparado ao que estava por vir.
Voltando então a minha história, foi apenas quando passei no vestibular que comecei a contemplar a possibilidade de uma nova realidade em meu relacionamento com Deus.
Antes disso, deixa eu dar um contexto: meus pais tinham se divorciado recentemente e minha mãe estava cuidando de três filhos com uma pensão minguada do meu pai. Era tão insuficiente que ela foi trabalhar como operária em uma fábrica aqui da cidade. Eu estudava em escola estadual e não tinha dinheiro pra fazer o tal "cursinho". Então eu tinha duas dificuldade pela frente: dinheiro e preparação pra passar em uma federal. Federal porque eu só queria fazer cursos que não tinham em Friburgo e se eu passasse para uma particular, além de pagar com minhas despesas de morar em outra cidade, ainda ia ter a mensalidade. Então, tinha que ser federal ou nada feito.
Alguma coisa me dizia que eu ia passar. Eu não sabia de onde vinha essa certeza e eu tinha muito temor de dizer simplesmente: “Deus está me dizendo que...”. Mas eu tinha essa certeza. Meus amigos não entendiam mas eu sabia. Alguns até me desacreditavam, mas eu tinha uma certeza dentro de mim que era inabalável. Era mais que uma “força de vontade”. Também não era pensamento positivo, porque eu não acreditava nisso. Quando eu fiz o vestibular, tentei pra UFF e UFRJ. Quando fui conhecer os campi, não gostei do Fundão e gostei muito da UFF. Mas como eu me conheço e sei que eu sou um cara muito indeciso, pedi a Deus em oração para que eu passasse apenas para uma universidade, para não ter que escolher depois.
Foi o que aconteceu. Passei para a UFF. Por muito pouco não passo para a UFRJ também: se eu não tivesse esquecido de colocar o título na redação, teria tido pontuação suficiente para passar. Curiosamente, foi a redação que me salvou na UFF: como poucos tiraram 10 em redação, e essa foi minha nota, minha média subiu o suficiente para passar raspando em uma reclassificação.
Mas tem um outro detalhe interessante. Uns dias antes do vestibular, fui pego de surpresa por uma forte crise renal. Tive que ser internado por causa disso. Ardia em febre que não passava nem com medicação intravenosa. Somente diminuía um pouque e logo depois voltava às alturas. A médica olhou os exames e me disse que eu ia ter que ficar internado pelo menos 10 dias. O lance era o seguinte: o vestibular ia ser dali a 3 dias!
Eu não sei quando foi que começou, mas naquela altura do campeonato eu já sabia que a certeza que eu tinha de que iria passar no vestibular vinha mesmo de Deus. Não sei se na época eu já estava consciente disso, mas hoje eu vejo que aquela situação foi um teste à minha fé.
Minha fé ainda era muito tímida pra dizer à doutora que Deus iria me curar. Mas, pelo menos, eu fui capaz de crer, e acho que cheguei a declarar isso, que eu tinha certeza de que ficaria curado e que iria fazer a prova. Lembrando: o vestibular, nessa época, tinha que ser feito lá em baixo, em Niterói mesmo.
Na véspera da prova, a febre despencou inexplicavelmente. A doutora me examinou e autorizou minha alta. Ela não conseguia esconder que estava perplexa e me deixou ir com a condição de que eu tomasse alguns cuidados.
Todos os sintomas desapareceram!
Outras situações bizarras também aconteceram, mas eu teria que me prolongar demais para contar.
Bem, o primeiro obstáculo foi vencido: passei para uma federal. Mas o segundo seria tão difícil quanto: o meu curso era de tempo integral. Como eu iria trabalhar para me sustentar? Meu pai havia deixado claro que era para eu não contar com ele, que ele estava sem condições. Minha mãe ganhava muito pouco. Eu não tinha parentes ou amigos para ficar morando de graça em Niterói. Aliás, essa situação toda me deixava meio assustado – eu, que tinha só 17 anos e nunca tinha morado em outra cidade. Decidi lançar mão novamente da minha fé.
O primeiro obstáculo seria conseguir um local barato para ficar. Minha mãe comentou sobre esse assunto com uma vizinha que, por sua vez, comentou com seu filho, que falou com sua namorada, que contou para o seu tio que tinha uma irmã que morava em Niterói. Ela viu para mim uma pensão bem barata. Alguns dias então antes do início das aulas nós fomos até lá e fechamos com ela uma vaga para mim. Eu não tinha dinheiro na hora, mas ela me garantiu que a vaga ficaria reservada para mim e que eu poderia pagar quando chegasse. Bem, você já deve imaginar o que aconteceu: chego com duas bolsas na mão, num domingo à noite, na porta da casa dela, e a notícia: minha vaga havia sido dada a outra pessoa! Imagina um cara de 17 anos, de Friburgo, com duas malas na mão e sem ter outro lugar para ir, recebendo uma notícia dessa à noite, em uma das parte mais perigosas de Niterói? Fiquei desolado! Mas ela ficou com pena de mim e arrumou uma cama desmontável para eu dormir na varanda. É claro, não foi de graça. No dia seguinte veio a conta...
Essa senhora foi a primeira pessoa que me disse: porque você não volta pra Friburgo? Aqui não é o seu lugar. Eu só respondi: “eu não vim para voltar”. No íntimo, eu queria dizer: “Deus está comigo e ele vai abrir as portas”. Mas, como eu disse, minha fé ainda era muito tímida pra isso...
Nesse dia era segunda feira, primeiro dia de aula. Lá, fui eu de mala e cuia pra faculdade. O primeiro cara que eu conheci era um maluco de rabo de cavalo e fumando um cachimbo. Acho que ele se identificou comigo porque eu também era cabeludo. Ele me perguntou de que cidade eu era, mas não lembro se me perguntou sobre as malas. Meu plano era sair dali e procurar um lugar para ir, mas, ledo engano de um calouro inocente: era dia de trote! Então, fiquei o dia inteiro pedindo esmola no sinal e só terminei o trabalho quando já era dia. Foi um momento também de confraternização com a galera e conhecer um pouco mais os outros calouros. Aí um deles perguntou o porquê das malas: “você não tem lugar pra ir não”? Ao que respondi: “Cara, lugar eu tenho, só não sei onde”. Ele ficou meio sem entender, e respondeu: “Pô, fica lá em casa essa semana”.
Esse cara era de Cabo Frio e estava dividindo apartamento com outros 3 conterrâneos. Um deles chegaria na semana seguinte e eles me deixaram ficar no lugar dele até eu conseguir outro lugar pra ir. Foi ótimo porque o apartamento era excelente e tinha muita comida – eles não deixaram eu gastar dinheiro comendo fora. Os caras eram muito legais. Conversando com eles sobre minha fé, era a primeira vez que eu tinha não só argumentos, mas histórias para contar. E o legal é que esse cara que me chamou, o Manoel, foi testemunha de muita coisa que aconteceu depois.
Bem, no meio daquela semana eu encontrei com um cara que eu tinha conhecido no ano anterior. Ele era de Friburgo e me falou que estava dividindo uma quitinete no centro, com outros 2 sujeitos da cidade. Eu seria o quarto. O atrativo foi o preço, pois o apê era de um amigo dele e, dividindo por 4, ficava um valor irrisório. Perfeito pra mim! Chegando lá, o susto: um "apertamento", de apenas um quarto, uma “cozinha” (na verdade era só um espacinho para uma pequena pia, e nada mais) e um banheiro assustador. Até a geladeira tinha que ficar no quarto por causa do espaço. O quarto era uma bagunça, apertado e cheio de baratas, mas foi a provisão para o momento. Os caras eram malucões: um fã de Kiss que fazia meteorologia, um fanático por teoria do caos, que fazia o mesmo curso, e um maluco de arquitetura. Todos do Fundão. Mas os caras eram muito legais e apesar do susto quando descobriram que eu era “crente”, me respeitaram. A gente só discutia de vez em quando, mas numa boa. Eles viram que a minha fé era autêntica.
Só que um mês e meio depois, assim, do nada, o tal amigo disse que ia ter que aumentar o preço do aluguel. Como não tinha nenhum filhinho de papai ali, não ia mais compensar para eles continuarem em Niterói (o único motivo de eles estarem lá era o preço do aluguel). Era mais jogo arrumarem algo no Rio. E conseguiram: faltando apenas uma semana para vencer o aluguel. Então eu tinha que arrumar um lugar pra mim também, caso contrário eu ia ter que arcar sozinho com a situação, e, agora, com o valor aumentado. Era impraticável! Novamente orei e pedi a Deus uma solução. À tarde, estava passando pelo Plaza Shopping e dei de cara com um amigo meu de Santa Maria Madalena, que estudou comigo no segundo grau. A coincidência não foi só encontra-lo ali: ele, de alguma forma, ficou sabendo da minha dificuldade de quando eu cheguei em Niterói e comentou com um tio dele que mora lá. Esse tio tinha acabado de encontrar uma pensão muito barata para mim! Eu só não sei como esse meu amigo ia me achar, caso não me encontrasse por acaso daquele jeito!
Na mesma hora nós fomos lá. O lugar não era grande coisa, mas a localização e o preço eram perfeitos! Eu só não tinha dinheiro pra pagar o adiantamento de um mês e mais um aluguel adicional de “caixa” que era exigido. Meu amigo pagou para mim. Mais tarde eu tentei pagá-lo de volta mas ele nunca aceitou.
Minha vida naquele ano em Niterói foi assim, movida a muitas coincidências e pessoas que Deus colocava no meu caminho. Não é nenhum exagero dizer que eu experimentava um milagre praticamente por dia.
Uma vez, por exemplo, eu precisava ir para Friburgo, mas não tinha dinheiro nem pra ir de casa até a rodoviária. Então eu decidi, pela fé, fazer a minha mala e ir caminhando até a lá (se você conhece Niterói sabe qual é a distância do Ingá até a Rodoviária). Eu tinha certeza de que Deus iria prover um meio, ou os recursos, para chegar em casa, e de que eu só precisava dar o “passo de fé”. Enquanto eu ia atravessando a Amaral Peixoto (no centro), com as minha coisas, dou de cara com um amigo de Friburgo. Ele perguntou: “pra onde você ta indo”. Eu disse: “Pra Friburgo”. Ele falou: “Pô, eu to indo pra lá agora, só vou ali pegar o carro no estacionamento, vamo comigo!” Acabei indo de Santana e ar-condicionado para Friburgo, rsrs.
A essa altura do campeonato já estava muito claro pra mim que Deus estava me levando para um nível de relacionamento com ele que ia do teórico ao prático, ao vívido. Enfim, ao relacional.
Meu desejo passou a ser conhece-lo mais. Por isso comecei a tomar mais iniciativa neste sentido. Por exemplo, na pensão onde eu vivia não tinha TV e isso me dava mais oportunidade para leitura. A Bíblia passou a fazer parte do meu plano de leituras regulares.
Enquanto eu estava apenas começando a ter minhas primeiras experiências com Deus, a Bíblia relata experiências de homens que vieram antes de mim. Eu não via mais aqueles personagens como míticos e distantes, mas, pela primeira vez, eu podia me identificar, pelo menos em parte, com eles. Outra característica que sobressaiu para mim da Bíblia é o fato de ela ser uma fonte de revelação dos atributos e do caráter do próprio Deus. Isso era especialmente importante para mim, que almejava conhece-lo cada dia mais. Apesar de não compreender todas as coisas na Bíblia, ela revelou-se um alimento diário. Ler e meditar em suas palavras começaram a surtir um efeito muito grande em minha vida. Além disso – mais tarde eu fui me dar conta – de que ela é muito mais um livro de princípios importantes de vida e de relacionamento (com Deus e com os outros), do que, propriamente, de religião.
Comecei a ter interesse também em trocar experiências com outros amigos cristãos e compartilhar o que eu tinha com meus amigos não cristãos. Se bem que isso era algo quase natural para mim, pois eles conheciam minha história e viam o que eu estava vivendo todos os dias. E nessa de compartilhar com meus amigos sobre Deus, acabei tendo muitas outras experiências marcantes.
Deus continuou me levando a um estilo de vida que se descortinou muito mais como uma aventura emocionante do que uma vida religiosa chata e monótona. Descobri que isto é uma coisa que está muito longe dos planos de Deus para nós. Me surpreendi porque não imaginava que Deus me conduziria a lugares que eu nunca imaginava.
Ele me abriu oportunidades viajar a outros países, em missões curtas, onde eu tive oportunidade de servir a muitas pessoas, conhecer gente, lugares e culturas diverentes, e ter experiênicas únicas em meu caminhar com Deus. Pude ver o vazio que existe no coração dos homens em toda parte e como Jesus Cristo tem sido a solução para a reconciliação dos homens com Deus em todos os lugares. Jesus é a resposta em qualquer lugar. Por onde o evangelho bíblico tem chagado, vidas têm sido radicalmente transformadas. O que lemos na Bíblia, de judeus e "gentios" convivendo em amor por causa de Jesus Cristo, eu pude ver em muitos lugares: pessoas de raças, origem, partidos, times de futebol e graus sociais e educacionais diferentes, experimentando um amor novo e sobrenatural, da mesma espécie de amor altruísta demonstrado por Deus na cruz do Calvário. Poderia compartilhar um livro com você só das experiências que tive. Também sobre a forma milagrosa como Deus providenciava o dinheiro que precisava, às vezes na última hora, para essas viagens. Conheci cristão de outras partes do mundo que nutriam experiências similares ou até muito mais marcantes que as minhas. Elas também dariam outro livro... Mas o que sempre mais me marcou foi ver corações transformados, por causa da obra de Jesus Cristo em suas vidas. Porque ser religioso não é a resposta. Certa vez Jesus disse a um religioso chamado Nicodemos que era necessário que ele nascesse de novo! (Este diálogo está no Evangelho de João, capítulo 3)
É impossível falar de todas essas experiências sem mencionar o novo nascimento, que é o ponto de partida para um novo caminhar com Deus, onde Cristo é o Senhor e Salvador de nossas vidas. E é impossível falar de novo nascimento sem falar da vida e da obra de Jesus Cristo, pois a nova vida e a reconciliação do homem com Deus são possíveis nEle e através dEle. Por isso, ainda que falando da minha vida, Jesus acaba se tornando o centro do meu testemunho. E quero que seja assim mesmo: que minha vida seja uma vitrine da Sua obra. Que leve a glorificá-lo. O mundo está cheio de glória: as pessoas glorificam, sem pensar, marcas, times de futebol, autores, instituições, sistemas, personalidades dos mais diferentes tipos, etc, etc, etc. Eu considero Jesus Cristo e a obra que Deus realizou e quer realizar através dele, digno de glória, mais que todas essas outras coisas!
“Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento”.
Aprendi também que todos os problemas da sociedade estão contidos nele. É só examinar o seu caráter e se perguntar: como a sociedade seria se os homens tivessem o caráter de Jesus? No entanto, existe algo dentro do ser humano que o impulsiona a ser diferente e, até mesmo, persegui-lo: o pecado. Por isso não bastava Jesus dar um exemplo a ser seguido (o que ele deu), mas ele consumou sua obra morrendo na cruz e ressuscitando (como ele disse: “eu vim para esta hora”) “para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
Hoje eu posso dizer que sou salvo somente por Jesus Cristo e não pelos meus méritos. Cristo também é o meu padrão de crescimento. Ele é o centro da minha vida. Não que eu seja um robô sem personalidade em suas mãos. Muito pelo contrário! Deus criou minha personalidade e quer aperfeiçoa-la. Mas a minha vida hoje e o que eu sou só tem explicação com base no que Cristo fez na cruz e na sua ressurreição. Até mesmo o meu casamento é fruto do meu relacionamento com Deus. Esse relacionamento permeia, hoje, a minha forma de pensar, as minhas atitudes e escolhas, a forma como administro minhas finanças, a forma como lido com as pessoas, a minha visão de mundo, de vida, de tudo. Como eu disse no início, não conheço Deus plenamente, mas a dinâmica de conhece-lo dia a dia tem se demonstrado uma grande aventura! Meu desejo sincero é que todos a experimentem, porque sei que ela está acessível a todos. Jesus disse: “eis que estou a porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa; e cearei com ele e ele comigo” (Ap 3.20). O que ele está dizendo? Que a decisão cabe a cada um de nós. Ele disse “eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”, mas muitos o rejeitaram, outros porém, o receberam. Como foi dito: “veio para os que eram seus, mas os seus não os receberam. Contudo, aos que o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus”.
Cara, tem muito mais coisas que eu poderia escrever aqui. Mas acho que nada melhor do que ler os relatos daqueles que andaram com este Homem. Sugiro que você leia João, sob esta perspectiva, de que Jesus não veio pra introduzir um novo conceito religioso, mas abrir o acesso à uma possibilidade de um relacionamento novo e dinâmico com Deus.
A gente vai se falando então. De qualquer forma, foi muito bom escrever essas coisas pra você. Obrigado pelo interesse!
Um grande abraço!
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