sábado, 19 de janeiro de 2008

Jovens ricos têm problemas com drogas e acidentes de trânsito fatais, diz pesquisa

Estudantes de nível médio e universitário são maioria.

da Folha Online

Uma pesquisa divulgada terça-feira (23/10/07) pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) revelou que jovens brasileiros de elite têm problemas relacionados ao consumo de drogas e acidentes de trânsito fatais enquanto jovens pobres são maioria no sistema carcerário.

De acordo com a pesquisa, os consumidores de maconha, lança-perfume e cocaína são, em sua maioria, homens jovens brancos de classe A que ocupam papéis de filhos em suas casas e que freqüentam universidades ou o ensino médio. Eles gastam, em média, R$ 45,77 por mês com drogas. O grupo representa 0,06% da população brasileira.

Entre os consumidores declarados de drogas entrevistados pela FGV, 35% têm cheque especial e 44% têm cartões de crédito.

No quadro da elite econômica, as exceções são as de que os consumidores declarados de drogas têm contras atrasadas e uma grande percepção de violência perto de suas casas --64% deles consideram viver em vizinhanças violentas.

Perfil carcerário

Os pesquisadores da FGV concluíram ainda que, entre a população carcerária brasileira, a maioria é formada por homens solteiros, jovens, negros ou pardos e com baixa escolaridade.

Dos presidiários, 96,61% são homens, 79,10% são solteiros, 51,96% têm de 20 a 29 anos e 46,93% são negros e pardos. Entre eles, 12,23% são analfabetos, 77,44% não completaram o ensino fundamental e 46,55% têm educação intermediária.

Um fato destacado pela pesquisa é o de que, proporcionalmente, a população carcerária tem muito mais adeptos a crenças não-católicas ou não-evangélicas e muito mais pessoas que dizem não ter religião que a sociedade em geral.

Entre os presidiários, 19,47% são adeptos de crenças alternativas e 16,21% dizem não ter religião enquanto na sociedade os percentuais são de 2,99% e 6,75%, respectivamente.

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