Salomão sabia o que estava dizendo.... afinal ele era rei e sabia muito bem como um presente abre portas de acesso ao coração das pessoas, inclusive dos "grandes"
Em outro lugar ele diz: “O presente que se dá em segredo aplaca a ira; e a dádiva às escondidas, a forte indignação”. (Provérbios 21:14)
Esaú e Jacó
Este princípio é encontrado em diversas passagens bíblicas. Uma das que mais chamam a minha atenção, é o reencontro de Jacó com Esaú.
Depois de muitos anos foragido de seu irmão em uma terra distante, Jacó recebe uma ordem de Deus para voltar para a sua terra natal. Mas coloque-se no lugar de Jacó, que, em sua viagem de retorno, fica sabendo que seu irmão, que antes queria mata-lo, está vindo em sua direção com 400 homens! É claro que ele ficou apavorado!
Após rasgar seu coração diante de Deus, a estratégia adotada foi esta:
“Passou ali aquela noite; e do que tinha tomou um presente para seu irmão Esaú: duzentas cabras e vinte bodes, duzentas ovelhas e vinte carneiros, trinta camelas de leite com suas crias, quarenta vacas e dez touros, vinte jumentas e dez jumentinhos. Então os entregou nas mãos dos seus servos, cada manada em separado; e disse a seus servos: Passai adiante de mim e ponde espaço entre manada e manada. E ordenou ao primeiro, dizendo: Quando Esaú, meu irmão, te encontrar e te perguntar: De quem és, e para onde vais, e de quem são estes diante de ti? Então responderás: São de teu servo Jacó, presente que envia a meu senhor, a Esaú, e eis que ele vem também atrás de nos. Ordenou igualmente ao segundo, e ao terceiro, e a todos os que vinham atrás das manadas, dizendo: Desta maneira falareis a Esaú quando o achardes. E direis também: Eis que o teu servo Jacó vem atrás de nós. Porque dizia: Aplacá-lo-ei com o presente, que vai adiante de mim, e depois verei a sua face; porventura ele me aceitará. Foi, pois, o presente adiante dele; ele, porém, passou aquela noite no arraial.” (Gênesis 32.13-21)
A oração de Jacó foi ouvida e sua estratégia parece que funcionou, pois o reencontro foi de reconciliação entre os dois irmãos. (Veja Gn 32.1-12)
Este princípio faz toda a diferença quando se quer ter acesso ao coração de uma pessoa. Eu tenho visto isso acontecer muitas vezes em nossas estratégias de evangelismo.
Campanha no campusCerta vez, nós fizemos uma campanha em várias universidades exatamente com este nome: “Ninguém rejeitaria um presente”. A estratégia consistia de distribuir, gratuitamente, vídeos do filme Jesus aos estudantes (no total, 1500 fitas). Tudo o que eles tinham que fazer era preencher uma ficha de comentário com seus dados, para que enviássemos uma correspondência posterior. Essa ficha foi distribuída anteriormente, junto com um folheto evangelístico feito especialmente para a campanha. No início, muitos não acreditaram que fosse verdade e acabaram jogando o folheto com o cupom no lixo. Mas no dia da distribuição do filme, quando viram que era verdade, podia-se ver estudantes revirando latas de lixo atrás de um cupom! O que mais me chamou atenção, no entanto, foi que uma grande porcentagem das pessoas para quem mandamos cartas, depois nos respondeu (tratava-se de uma pesquisa com várias perguntas). A bem da verdade, enviamos envelopes selados junto com a correspondência. Mas também é verdade que geralmente poucas pessoas se dão ao trabalho de responder a esse tipo de correspondência, a não ser que recebam algo em troca. Neste caso, não receberam nada: elas já tinham recebido um presente e, pelo que me pareceu, isso sensibilizou o coração de muitos para que nos respondessem de bom grado.
Alcançando vizinhos bem diferentes
Outra experiência se deu quando fui missionário em Moçambique. O prédio onde eu dividia um apartamento tinha 3 andares, com dois apartamentos em cada. Sabíamos que algumas famílias ali não eram cristãs (haviam, inclusive, hindus e muçulmanos). Queríamos evangeliza-las, mas não sabíamos como podíamos fazer para ter acesso a elas. A idéia que Deus nos deu então foi de ir em cada apartamento e dar um presente a cada morador. O presente, por coincidência com a história anterior, também era um Filme Jesus. Todos receberam de bom grado e em um dos apartamentos fomos até convidados para entrar. Tratava-se de um casal de orientais que estava ali há pouco tempo. Eles nos serviram até refrigerante! Somente a esposa sabia falar um pouco de português. Ela queria que nós falássemos mais sobre Jesus e, no final, fez uma oração recebendo-o como seu salvador e senhor!
O presente nem sempre precisa ser caro. Em Friburgo, minha cidade natal, alguns jovens da minha igreja têm ido a porta de boates e festas para evangelizar. Uma das estratégias que eles usam é escrever mensagens à mão (o detalhe de ser à mão é importante) e dão de presente para alguns jovens, dizendo: essa é uma mensagem de Deus para você. Ninguém até hoje desprezou. Em via de regra, eles guardam o papel no bolso. Tive uma oportunidade de estar com eles em um desses evangelismos e me chamou atenção ver alguns jovens saindo da festa, tirando o papel do bolso, desdobrando-o e lendo-o atentamente!*
O presente pode ser um serviço. Ano passado um casal de pastores e suas filhas foram ao Uruguai iniciar uma igreja naquele país. Durante uma semana eles oraram pedindo a Deus uma estratégia. Naquela semana, quando estavam saindo de um supermercado, viram uma senhora carregando uma sacola com dificuldade. Prontamente eles ofereceram sua ajuda. Ali nasceu uma amizade e aquela senhora se tornou sua primeira ovelha! A partir dela, vieram outras duas. Depois mais algumas. Por algum tempo, suas ovelhas eram todas senhoras de idade – as oVELHINHAS, como dizia, carinhosamente, o pastor. Com menos de um ano, eles já tinham um local fixo de reuniões com entre 20 a 40 pessoas, o que é um número muito bom para a realidade do Uruguai. No blog dos pastores, tem uma foto em que ele aparece cortando a grama de uma das oVelhinhas. O serviço fez toda a diferença!
Dê de você mesmo! Uma oração por um enfermo. Um ouvido para escutar. Um abraço. Uma visita. Uma atenção. Se você é estudante, vá até o diretor do seu campus ou instituto, e peça a ele os seus motivos de oração. Diga que você está comprometido em orar por ele e por sua universidade – mas ore mesmo! Às vezes a pessoa nem acredita no poder da oração, mas vê essa atitude como um bom gesto. Seus sorrisos se abrem – e seus corações também! Sirva, portanto!
*MAIS DETALHES:
Respondi uma pergunta de uma leitora sobre A ESTRATÉGIA de evangelismo de jovens que evangelizam em portas de boates e "festas". Achei que a resposta poderia interessar a outros e decidi publicá-la aqui.
Abaixo, o e-mail da leitora e a resposta:
Bom Dia!!!!!!!!!!!!!!!!
Meu nome é Grazielle, sou uma jovem e serva de Deus e queesta com muita fome de almas, de evangelizar e ganhar jovens pra Jesus. Poisontem pedi autorização a minha pastora para sair da igreja matriz e ir para umafilial em outro bairro, e lá na congregação não tem muitos jovens, sou poucos. Eestava pensando em estratégias voltadas para jovens serem evangelizados, eacabei jogando no Google e cliquei na pagina de vocês para honra e glória deDeus, e algo que me eu quero fazer e Deus colocou ao meu coração é justamenteevangelizar em uma casa de show aonde vai muitos adolescentes e jovens atemesmo crianças em uma matinê, e todas as fezes que passo em frente essa boatemeu coração doe. E tomei a decisão de ir até lá para evangelizar e gostei muitoda estratégia de evangelismo nas boates, cujo os jovens entregam um bilheteescrito a mão, para esses jovens. Teria como você me explicar a fundo sobreessa estratégia? O vocês escreviam nos bilhetes? Como vocês abordavam essesjovens?
Aguardo o retorno de vocês o quanto antes, pois satanás nãopara de tragar vidas, e tenho que fazer algo para que vidas sejam libertas emnome de Jesus.
ATT.
Oi Grazielle,
Fiquei muito feliz ao receber seu e-mail e ver a sede que esta em seu coração por alcançar essas vidas.
Em primeiro lugar, me diga de que cidade você é e igreja para que possamos ajudá-la de maneira mais eficaz.
A estratégia que você comentou tem sido praticada por um grupo de jovens da minha igreja. Eu não organizo este trabalho, mas conheço bem o grupo e já tive oportunidade de evangelizar com eles algumas vezes.
Conciste em ir para porta de boates e "festas" evangelizar. O grupo vai com camisetas iguais para chamar a atenção e cada um leva um punhado de bilhetinhos escritos à mão com mensagens que Deus coloca no coração de cada um. Não existe uma regra, mas o importante é que sejam mensagens que falam do amor de Deus. Elas são escritas com oração, crendo que Deus já sabe quem receberá as mensagens. Ao entregar, é feita uma abordagem amistosa e o bilhetinho é entregue, com palavras como "essa é uma mensagem de Deus para a sua vida". Ao ver que é um bilhete escrito à mão, as pessoas não jogam fora. Geralmente elas agradecem e colocam no bolso para ler depois. Algumas leem na hora. Neste caso, pode surgir um bate-papo evangelístico. O grupo permanece do lado de fora orando e abordando quem vai chegando. Algumas pessoas saem das festas entediadas e lembram da mensagem. Então abrem e leem. Parece uma estratégia simples (e é), mas é impressionante como Deus usa.
Muitas vezes a presença do grupo incomoda os organizadores das festas, achando que a gente está tentando convencer as pessoas de não entrar (nem fazemos isso). Mas eles não podem fazer nada, pois estamos do lado de fora. Uma vez, colocaram seguranças próximos de nós para "espionar" o trabalho. Eles acaberam ouvindo orações e conversas evangelísticas, hehe.
É importante ter cobertura pastoral e de oração. É importante também ter pessoas preparadas para o trabalho. O grupo que evangeliza se reune regularmente para orar e receber treinamento de evangelismo.
Se você quiser conversar melhor a respeito, posso colocar você em contato direto com os lideres deste ministério.
Que Deus abençoe e dirija seus passos.
Grande abraço,
Wesley
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