quinta-feira, 28 de maio de 2015
O que Jesus realmente estava fazendo
5:28 PM
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Depois que foi batizado nas águas e o Espírito desceu sobre si, Jesus não apenas começou seu ministério – não apenas começou a curar, expulsar
demônios, limpar os leprosos, ressuscitar os mortos, anunciar as boas novas aos
pobres, fazer discípulos, ensinar, etc. Tudo isso é apenas a face mais aparente,
mais prática, do que Ele realmente estava fazendo. O que Jesus passou a fazer
realmente foi exercer a sua identidade
como Filho de Deus.
Deus ama, cura, liberta, dá vida, se compadece, etc. Então é
esperado que um filho de Deus não faça diferente. Jesus apenas estava se
identificando com o Pai, exercendo sua natureza e manifestando sua vontade (Jo 6.38).
Quando somos batizados, somos identificados com Cristo em Sua morte e ressurreição "para andarmos em novidade de vida" (Rm 6.4). Quando somos batizados com
o Espírito Santo, somos batizados com o mesmo Espírito que desceu sobre Jesus e
o capacitava a manifestar o poder de Deus aqui na
terra (At 10.38). Lembremos que, junto com a descida do Espírito Santo, Deus faz uma declaração sobre quem Jesus é (Filho), de seu amor e de como Ele o via. (leia Lc 3.22). Foi
com base nesta consciência de quem Ele era que Jesus resistiu à tentação (Lc 4.3,4). Jesus, agora, manifestando plenamente sua identidade como Filho de Deus, se tornou luz para os que habitavam nas trevas (Lc4.11; Mt 4.13-16)
Quando os discípulos receberam o batismo no Espírito Santo,
vemos, como consequência direta, que eles passaram a viver como uma verdadeira
família, como irmãos – como filhos do mesmo Pai (At 2.42-47). Eles realmente se amavam e
demonstravam isso de modo prático uns aos outros. Enquanto isso, Deus
continuava fazendo o que fez através de Jesus por meio da igreja. Em Atos
2.38,39, Pedro explica que a promessa do Espírito Santo é também para nós.
Creio que tudo isso nos ensina sobre a importância de
sabermos quem somos em Cristo e como Deus mesmo nos vê, para que sejamos
libertos de ideias erradas de nós mesmos e da tendência que temos à
religiosidade e ao legalismo. Deus nos ama incondicionalmente e nosso
relacionamento com Ele não está baseado em nossa performance. Sua aceitação não
depende de nosso desempenho. Esse tipo de atitude que aprendemos daqueles que nos
cercam, desde pequenos, não representa o coração de Deus. Quando somos
apanhados pelo seu amor, somos libertos e desfrutamos de um relacionamento
totalmente novo, que é puro e livre de todas essas coisas. Experimentamos segurança - uma segurança que nos enche de paz
e alegria. Passamos, então, a estar livres para caminhar como filhos de Deus e
não como religiosos.
Em segundo lugar, precisamos ser realmente cheios do
Espírito, com Jesus foi e como os primeiros discípulos foram e ensinaram. O
Espírito Santo nos capacita a sermos semelhantes a Jesus. Note que até Jesus fez o
que fez no poder do Espírito Santo (Rm 15.19). Ele prometeu que, depois que voltasse aos
céus, receberíamos do mesmo Espírito e
faríamos as mesmas obras que Ele (e até outras maiores) - Jo 14.12-14. Ele deu forte ênfase a
isso quando deu suas últimas instruções aos discípulos (Lc 24.49). Dias depois Ele
derramou seu Espírito sobre eles – mesmo que, antes disso, já tivessem
experimentado de uma porção dEle e até participado do ministério de Jesus,
curando enfermos e expulsando demônios. Jesus sabia que mais estava por vir: um
derramamento pleno, o cumprimento de profecias como as de Joel (que, aliás, nos
inclui, pois é para “os últimos dias”). O que eles tinham experimentado, até
então, eram só gotas, perto do que estava por vir.
Precisamos compreender que a plenitude do Espírito, mais que
nos capacitar a fazer algumas coisas, nos leva a viver com filhos.
Isso inclui amar os outros. E não inclui o legalismo.
Ou seja, não inclui fazer coisas para sermos aceitos por Deus e outras pessoas. Nem o contrário: exigir uma performance dos outros para que elas sejam aceitas
por nós. Quando andamos como filhos de Deus, somos libertos para receber todo o
amor do Pai e também para amar as outras pessoas. Aí, sim, o poder de Deus se
manifesta para que as pessoas experimentem este amor de formas sobrenaturais
através de nós. Aí sim, poderemos ver um verdadeiro avivamento acontecer. Aí
sim, também, experimentaremos verdadeira oposição e perseguição. Aí sim, causaremos
rebuliços e verdadeiras revoluções na sociedade. Aí sim, seremos reconhecidos
com “pessoas que realmente estiveram com ele” (At4.13). Aí sim, poderemos ver céus na
terra, o reino de Deus manifestado, a vontade de Deus sendo feita na terra como
no céu.
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