sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A delegação brasileira e o nosso desafio missionário – tudo a ver!

Pois é,
Eu como brasileiro e carioca adotado, não pude deixar de vibrar com o anúncio do Rio como sede das Olimpíadas.
No início bem que eu estava bastante relutante com a idéia. Fiquei pensando – e penso até agora - se os investimentos financeiros na preparação da cidade para os jogos não teriam melhor destino se fossem aplicados em outras áreas. Mas, na hora em que ouvi o resuldado, não teve jeito: meu coração brasileiro bateu mais forte e fiquei feliz com o fato de a nossa cidade maravilhosa ter sido escolhida - e com a possibilidade real de eu participar de uma Olimpíada, claro.
Hoje eu acordei cedo e liguei a televisão, sem saber que, naquele horário, o presidente Lula estaria falando, ao vivo, em defesa da candidatura do Rio. Eu escutei a fala dele, depois assisti ao vídeo promocional. Eu pensei: esses caras não estão brincando. O comentarista, após um resumo das apresentações anteriores, afirmou que a do Brasil foi “perfeita”. Não duvido.
O Brasil estava fazendo realmente de tudo – literalmente – para convercer ao Conselho Olímpico Internacional (COI) e ao restante do mundo que o Brasil pode fazer uma Olimpíada pra “gente grande” nenhuma botar defeito. Eles correram atrás e conseguiram. Foi uma longa jornada, que começou com duas competições sem a cidade sequer chegar às finais. E, desta vez, chegou como zebra, sem favoritismo. Mas o trabalho das autoridades brasileiras foi tão bom e tão persistente que eles conseguiram virar a mesa. Alimentaram um sentimento nacional e internacional favorável tão forte, que os membros da COI não tiveram como não elegerem o Brasil – com maioria esmagadora de votos sobre Madri, a segunda colocada.
Após essa cobertura, eu saí de casa rumo à UFF, para um encontro de discipulado. No caminho, não conseguia tirar da cabeça o esforço para o convencimento do mundo – e do próprio Brasil – do favoritismodo Rio, frente às gigantes que estavam no pário. De repente, eu me via em uma situação muito parecida, só que em um outro sentido. Estava eu caminhando na universidade, um ambiente que carece redescobrir que Jesus é, ao contrário do que diz o senso comum, o assunto mais importante sobre o qual se falar ou discutir no campus. Nós sabemos que o é! O mundo não sabe. Na verdade, não sei se as pessoas discordariam, em uma pesquisa, da importância de se discutir sobre Jesus e suas alegações na universidade. Mas, o fato é que ele está definitivamente fora das principais pautas de debate no ambiente acadêmico – seja oficial ou extraoficialmente. Assim como muitos não acreditavam na vitória do Rio, muitos não acreditam que Jesus ainda se tornará o assunto mais relevante na universidade.
Durante meu tempo no campus, saí com um discípulo para evangelizar. Abordamos um rapaz que, como eu, já havia se formado. Como eu, ele se sentia nostáugico por caminhar por aqueles corredores. E, como eu, ele estava lá para um propósito específico. Aparentemente estava liderando uma mobilização contra as empresas particulares presentes no campus. Eu fiquei impressionado com a dedicação dele em abrir mão de sonhos individualistas para estar alí, em nome de uma ideologia de esquerda que, sengundo acredita, é benéfica para a sociedade. Em dado momento da conversa, ele me contou o quanto se dedica a conversar com as pessoas, uma a uma, durante horas, às vezes, somente para “abrir os olhos” delas, e despertá-las para viverem para um bem maior do que elas mesmas. Interessante, não é? Porque eu estava alí fazendo a mesma coisa, mas, quando chegei até ele, fui com um cuidado extremo, como se estivesse fazendo uma coisa totalmente do outro mundo. Não estava. Na verdade, cada um tem o seu próprio senso do que é importante e luta por isso. Muitas vezes, estão engajados a convencerem outros do mesmo.
Quando saí do campus, entrei no carro e liguei o rádio. A votação tinha chegado ao fim. O Rio era campeã. Novamente, o presidente Lula era destaque ao vivo. Desta vez, não estava falando, mas chorando. Copiosamente. Pela primeira vez eu percebi que a sinceridade do Lula, do quanto ele realmente queria aquilo!
Durante a sua fala, veio a frase que, se eu apenas lesse, não acreditaria: “este é o dia mais emocionante da minha vida”. Exagero, alguém poderia dizer. Sim, por um momento eu também pensei: porque não dedicar o mesmo esforço para resolver problemas antigos da sociedade? Porque tanta emoção por causa de uma Olimpíada? Seria isso mais importante do que todas as conquistas de sua vida? Seria este o ponto auge de sua carreira, e de sua vida? Mas deixei tais pensamentos de lado, e passei a admirar a emoção de uma pessoa que lutou e acreditou tanto em algo que muitos não acreditavam, e agora via seu sonho realizado.
Será que estamos fazendo todo o esforço para que as pessoas percebam o quão Jesus é importante? Afinal, certamente ele muito mais importante do que todas as olimpíadas juntas! Ou, para o quão verdadeiras são as suas palavras? O caminho não é curto, e nenhuma circunstância irá mudar de pronto. Nada é fácil, e a candidatura do Rio foi uma ótima metáfora para mim, neste sentido. Podemos, sim, mudar a realidade e tornar Jesus Cristo o assunto central no campus. Seguí-lo ou não, como a escolha mais importante na vida de cada universitário.
Eu, sinceramente, sou grato ao exemplo do Presidente. Gostaria que cada cristão fosse um “Lulinha”, no que diz respeito ao seu esforço e determinação, em relação ao evangelismo e ao cumprimento da Grande Comissão de Jesus, em nossa geração.

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