Na edição de setembro de 2006 do jornal dessa associação, "Science and Atheism", o secretário da associação, Xue Fei, descreve como o vice-presidente deles, Zuo Peng, fez um estudo especial do crescimento de igrejas não registradas em Pequim das duas últimas décadas. Após um estudo exaustivo, que incluiu entrevistas e pesquisas, ele concluiu que as igrejas não registradas representam um problema preocupante para aqueles contrários ao crescimento do protestantismo cristão em Pequim.
A pesquisa de Xue Fei mostra que as igrejas não registradas se tornaram a principal base para a propagação do cristianismo em Pequim desde 1980. Ele aponta que os cristãos que freqüentam essas instituições regularmente são na maioria jovens e possuem formação escolar.[...]
Ele tem ministrado a palestra intitulada "Estudo sobre a situação atual do cristianismo em Pequim". Em suas apresentações, Xue Fei fala de sua pesquisa sobre o crescimento do cristianismo entre estudantes universitários de Pequim. Ele sugeriu que essa expansão deveria ser controlada mais firmemente pelas autoridades, a fim de "evitar infiltração de forças religiosas de dentro e fora da China para as universidades." Elas deveriam reagir com uma boa dose de "espírito cientifico e ensino marxista".
Entre 3% e 20 % de estudantes universitários em Pequim possuem alguma crença religiosa, explica Xue Fei, e o protestantismo cristão é a que cresce mais rapidamente e é a crença que possui mais influência entre os estudantes. Em 1998, uma pesquisa mostrou que 5,2 % de estudantes universitários de Pequim eram cristãos - mais do que qualquer outra religião.
Entre os estudantes cristãos, 57,3 % freqüentam regularmente igrejas não registradas. O estudo mostrou que a maioria dos encontros de alunos universitários aconteciam nas casas de estudantes e professores estrangeiros.
Zuo Peng está preocupado com o que seu estudo mostrou, já que esses estudantes são a futura vanguarda para o socialismo chinês, e a direção que eles escolhem "afeta o destino da China e a ascensão ou queda do socialismo." De maneira preocupante, ele pede por um controle mais rígido de professores estrangeiros e estudantes e a completa "abolição de todos os encontros religiosos nos campi ou perto deles, para evitar que eles se tornem bases para a infiltração religiosa por forças estrangeiras em nossas universidades".
Sua receita de inserir o ensino ateísta no campus para "conter a invasão do teísmo", entretanto, parece inimaginável e pouco provável que seja um sucesso, tendo em vista o fracasso das políticas mais draconicas de Mao de anos atrás para acabar com as religiões completamente.
[...]Entretanto, há evidências de que os líderes mais importantes de partidos estão usando regras recentes para tentar diminuir as atividades religiosas nos campi. Eles também parecem estar reconsiderando a idéia de permitir que organizações não governamentais estrangeiras tenham liberdade para trabalhar na China.
A palestra de Xue Fei mostra que a liberdade religiosa na China ainda tem um longo caminho a percorrer, e que há aquelas pessoas em posições importantes que estão hostis ao crescimento do cristianismo na China.
Fonte e matéria completa: http://www.portasabertas.org.br/noticias/noticia.asp?ID=3403&Palavra=universit%E1rios%20crist%E3os%20china&mode=allwords