Vivemos em um mundo muito louco. Querem aprovar o homicídio de crianças e nos impor, por meios legais, o modo-de-pensar homossexual. Na Holanda, acabam de aprovar a prática do sexo em parques públicos – o mesmo país onde, há tempos, o consumo de maconha é permitido e a prostituição é regulamentada.
Aqui no Brasil, lutamos para que leis semelhantes não sejam aprovadas. Assinamos listas de protestos e escrevemos aos nossos parlamentares na esperança de sermos ouvidos. Líderes atentos tentam chamar a atenção da sociedade para os riscos dessas mudanças, em uma luta de Davi contra Golias, batalhando pequenas fendas no espaço “democrático” da mídia.
Admiro o esforço destes companheiros e compactuo com eles em seus ideais. Procuro agir no limite das minhas possibilidades e oro para que Deus tenha misericórdia de nossa nação, agindo na esfera do impossível.
Mas tenho sido levado a pensar na eficácia de nossos esforços, quando me dou conta de temos tentado convencer não-cristãos a pensarem e a agirem como cristãos. Às vezes, queremos que gente que não tem o menor temor de Deus e não crêem nas verdades da Bíblia, ajam de acordo com ela. Isso não faz sentido!.
Louvo a Deus por aqueles que já se despertaram para os perigos reais que estão à nossa volta. Isso é muito, se considerarmos que a grande maioria do nosso povo denominado evangélico está mais preocupada com bênçãos e satisfações pessoais. No entanto, temo que, preocupados com os ataques do maligno, percamos o nosso foco: a pregação do evangelho.
Existe uma máxima no esporte (que, se não me engano, vale também para a guerra), que a melhor defesa é o ataque. Temos agido defensivamente e, por vezes, nos esquecendo da natureza desta guerra, que não é contra carne ou sangue.
Esquecemos também, e com muita facilidade, que é do coração que procedem as “veredas da vida”. Ora, bananeira não pode produzir abacaxi e nascentes não podem produzir água marinha. Assim, é o coração do homem que precisa ser mudado, e essa transformação só pode ser operada por Jesus Cristo.
Estamos agora falando de um poder que está além dos nossos limites. Pois “o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”.
Fico pensando no quanto a igreja de hoje tem investido em pregar o evangelho. Entendam-me bem: eu disse pregar o evangelho. Somos mais de 20 milhões (pelas estatísticas mais conservadoras). O que aconteceria se cada cristão orasse e anunciasse o evangelho todos os dias a alguém durante uma semana? Ou, se todos o fizessem como estilo de vida? O que aconteceria se orássemos todos os dias por nossos governantes e por missões? E se investíssemos em ministérios que estão comprometidos com a Grande Comissão (Mt 28:18-20). Será que a Grande Comissão ficou registrada na Bíblia, mas esquecida em nossas mentes, orações e ações? Será que em nossas carteiras, planilhas de orçamentos e contas bancárias ela tornou-se a Grande Omissão?
Podemos continuar escrevendo artigos, assinando listas de protesto, enviando mensagens aos nossos parlamentares. Se não orarmos e não pregarmos o evangelho, mais cedo ou mais tarde, perderemos TODAS as nossas batalhas. E digo mais: perderemos a nossa nação.
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