segunda-feira, 19 de maio de 2014

Um convite a sonhar com uma mudança radical em nossas universidades

Já aconteceu de você ir à cozinha e, de repente, esquecer o que foi fazer lá?
Ou entrar na internet para resolver um problema, encontrar um e-mail interessante, e, dali a pouco, perceber que o tempo passou e você não fez o que ia fazer?
De vez em quanto isso pode acontecer com a nossa vida. Você tem um objetivo ou uma visão ou um chamado. Você começa correndo naquela direção. Mas muitas vezes se vê tão envolvido com as coisas do cotidiano que aquela corrida oferece – coisas importantes, inclusive – que você acaba perdendo seu foco ou se esquecendo da beleza e do valor daquilo para o qual foi chamado.
Há poucos dias eu estava pensando nos meus heróis da atualidade, aqueles missionários que deixam tudo para ir para lugares difíceis, seja pela distância, escassez de estrutura, condições de saúde, perseguição religiosa ou mesmo pela diferença cultural. Confesso que, sinceramente, por um momento eu me considerei muito pequeno perto deles. E, de certa forma, ainda me considero. Mas, naquele momento, foi por um motivo errado (você já vai entender por quê).
Então me lembrei de minha viagem a Moçambique, em 2002, por 6 meses. Como você sabe, Moçambique é um país muito pobre, com vários problemas e desafios missionários. Existem muitas missões fazendo trabalhos lindos em periferias e aldeias distantes. Existem também organizações trabalhando em necessidades específicas, como saúde, educação, adoção de órfãos etc. No entanto, na África também existem profissionais liberais, políticos, empresários, artistas influentes etc. Eu vi muitos! Pessoas que também têm alma e também estão perdidas sem Cristo. Raramente lembramos delas quando pensamos em missões na África.
A universidade em que trabalhei, a Eduardo Mondlane, era a maior e mais importante das 3 da capital, Maputo. E uma das poucas do país. Ela tinha, se não me engano, não mais que 7 mil alunos. Esses estudantes, em sua maioria, quando se formam, são quase que automaticamente absorvidos pelo mercado e pelo governo (inclusive pela própria universidade). São a futura “nata” da sociedade – embora grande parte deles também era constituída por pobres. Muitos, inclusive, oriundos daquelas áreas que acabei de mencionar. Estudantes que dependiam de bolsas (e boas notas) para continuar estudando. E espiritualmente o que eu encontrei naquele campus foi uma grande fome de Deus. Uma oportunidade impressionante de alcançar aqueles que realmente têm um potencial de mudar a nação.
Então, minha mente se transportou de volta ao Brasil. Aqui a realidade, neste sentido, é muito mais desafiadora. Porque estamos em um país maior, mais complexo, e com mais – muito mais – universidades. E existe pouco esforço organizado e focado em alcançá-los. Nossa parte na missão, portanto, é difícil, desafiadora e exige muita, muita fé!
Somos desafiados a não ser apenas grupinhos no campus. Nosso projeto precisa ser muito mais ambicioso que isso. Ele precisa assustar o inferno e aqueles que pensam que a universidade pertence aos ateus, agnósticos e humanistas. Nosso projeto não pode ser outro senão retomar as universidades para Cristo! Não importa o tempo, o esforço e os recursos que isso irá custar. E quando falo em “retomar”, não é num sentido ditatorial, claro! Mas num sentido de alguém que busca, de todas as formas, cativar o outro lado. Nossa conquista, portanto, é pelo amor (embora, no campo espiritual, realmente estamos militando). E ela abrange todos os setores da universidade, não só os estudantes. Deixo a você a tarefa de imaginar as implicações disso. Mas quero pontuar só três:
·         Estudantes por todos os campi, em todas as turmas, conhecendo e seguindo a Cristo. Vivendo o evangelho e considerando como farão diferença também na sociedade;
·         Professores com mente renovada, que amam seus alunos e são norteados pelos princípios do alto.
·         Funcionários (inclusive nas governanças da universidade) que não se opõem à causa de Cristo, mas oram por um ambiente mais saudável, justo e – por que não? –  espiritual no campus.
Para que isso aconteça, precisamos de dois ingredientes fundamentais: 1) dependência de Deus. E isso inclui seu poder, direção e recursos. 2) unidade do Corpo de Cristo. Somos um exército com um potencial incrível, porém desmobilizado e desarticulado. Existem algumas iniciativas, mas são tímidas e isoladas. Queremos trabalhar com o Corpo de Cristo para ver as coisas que mencionamos acima se tornarem uma realidade. Não queremos apenas uma presença do Alfa e Ômega no campus! Queremos mais! Queremos o Reino de Deus se manifestando! Quando falamos de Corpo de Cristo, nos referimos a outros grupos cristãos no campus, igrejas e irmãos dispostos a ajudar, orar e contribuir por essa causa.
Ao avaliar o potencial desta missão, me dei conta, mais do que nunca, de que ela não é menos digna do que qualquer outra, de oração fervorosa, trabalho duro e desafio diligente para que outros se envolvam.
Se até os movimentos estudantis políticos se mobilizam, gastam tempo, recrutam, levantam dinheiro, fazem barulho, dão a cara a tapa, e, assim, conseguem influenciar corações e mentes, por que não nós, que temos uma causa ainda mais nobre?
O valor da nossa missão não nos permite ser pouco ousados em desafiar quantas pessoas pudermos e com a melhor qualidade possível neste desafio. Não estamos nos repetindo em algum programa que muitos outros já fazem. Nem fazendo nada visando interesse próprio. Mas temos um projeto que envolve salvação de vidas e mudanças de rumo nessa sociedade tão sofrida. Como eu disse antes, queremos o Reino! E estamos sonhando grande! Quero desafiá-los a orar e crer de verdade que é possível, até 2020, termos 10% dos estudantes dos campi do Rio de Janeiro alinhados à esta visão. Imaginem, por um momento, como isso seria! Agora, pense também no micro. Ou seja: na sua turma, no seu curso. Quanto seria 10%? Talvez vc tenha fé pra sonhar até com mais!
Pense mais micro ainda: pense em você. VOCÊ está alinhado com essa visão? Você é um verdadeiro seguidor de Cristo? Seu coração é totalmente dele? Você quer que a vontade de Deus seja feita na sua vida com é feita no céu? Se sim, eu desafio você a levantar agora e orar por pessoas, por discípulos. E orar e trabalhar para que Cristo seja formado nelas. Encontre-se com elas. Invista nelas. Ame-as! Ore por elas todos os dias. Não desista delas! Saia com elas. Pratique com elas. Mostre o viver cristão a elas. Se elas reproduzirem a vida sobrenatural e totalmente revolucionária que é a de Cristo, você já estará iniciando uma grande revolução!
Estou sendo desafiado e desafiando outros a orarem e agirem pela fé, pois sem ela não podemos agradar a Deus.
O fato é: se temos um projeto que não cause nenhuma preocupação, nenhum alvoroço no inferno,  provavelmente ele não serve pra nada!
Se você também crê assim, se seu coração também pulsa por isso, e está disposto a dedicar seu tempo, talento e recursos à causa de Cristo por saber que vale a pena, então junte-se a nós! Some conosco! Traga outros! E ajude-nos a nunca nos esquecer dessas coisas, porque isso pode acontecer a qualquer um, a qualquer tempo. Pode acontecer conosco e pode acontecer com você! Não fique sozinho nesse nosso campo de batalha: o campus!
Seja muito bem vindo!



0 comentários: