quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Quem quer ser um conservador teológico?
4:55 AM
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Quem quer ser conservador? Aposto que a maioria torceu o
nariz só em ouvir a palavra “concervador”, não é mesmo? E eu não culpo ninguém
por isso. Afinal, as palavras são compreendidas de acordo com o uso que se faz
delas. E, nos dias de hoje, “conservador”, normalmente está associada às
pessoas avessas a qualquer mudança na ordem estabelecida das coisas, não
importa se essas mudanças sejam para o bem ou para o mal. Ou, pra usar um termo
mais na moda, o famigerado “reacionário”.
De fato, essa pode ser uma definição, e, especialmente nos
dias de mudanças (muitas delas necessárias) como os atuais, quem quer ser
conservador? Mas o problema é que algumas pessoas, no afã de estarem na
vanguarda (de tudo), adotaram uma espécie de “cruzada anti-conservadorismo”, e
têm atacado tudo e todos que possam estar associados, de alguma forma, com esta
palavra. E isso inclui o conservadorismo teológico. Um grande erro, como vamos
ver mais à frente.
Alguns chegam, de fato a adotar o liberalismo teológico,
simplesmente por seu compromisso com o liberalismo em si, mais do que por convicção
teológica. De fato, o liberalismo favorece mudanças – algumas delas que vão
contra a Palavra de Deus. Até porque, bem, para o liberalismo, a Bíblia não
exatamente a Palavra de Deus...
O fato é que eu não conheço ninguém (falo de minhas relações)
que tenha abraçado o liberalismo e hoje esteja andando com Deus. Obviamente, o
liberal vai questionar isso, porque ele nega uma referencia externa (no meu
caso, a Bíblia) que determine o que é “andar com Deus”. Sem essa referencia, resta um teísmo
subjetivo, antropocêntrico. E, para dizer bem a verdade, não são poucos os
casos de pessoas que abraçam essa tendência porque possuírem problemas morais
(especialmente na área sexual). Afinal, o que as impede (ou impediam) de viverem
vidas libertinas era a crença na Bíblia como Palavra de Deus. Removido esse “empecilho”,
elas podem viver a vida do jeito que desejam, sem, pelo menos em primeiro
momento, abandonar o teísmo (embora, em pelo menos um caso que conheço, até
mesmo esse resquício de teísmo foi corrompido).
Portanto, eu considero essa questão extremamente importante.
Aqueles que crêem que a Bíblia é a Palavra de Deus revelada, e que ela é a base
final para a definição de nossas questões sobre fé e prática (e essa é uma
premissa do protestantismo), precisam entender que, pelo menos para eles (e até
por uma questão de coerência) nem o liberalismo, nem a neo-ortodoxia, são
opções. E eu me questiono se, para um cristão, existe a opção de não aceitar a
Bíblia como a Palavra de Deus.
Quando eu vejo jovens defendendo o liberalismo sem
questionar, eu me preocupo bastante. Porque ele tem sido a porta de entrada
para a aceitação de toda prática não bíblica. Afinal, se não há uma referência
externa, quem vai combatê-la? Com base em que? Tudo vira subjetivo! É a “verdade
de cada um”. Aliás, é provavelmente por isso que essas correntes são tão populares
no pós-modernismo.
Sem mais, transcrevo as definições de Liberalismo,
Neo-ortodoxia e Conservadorismo, extraídas do livro de Charles C. Ryrie, “Teologia
Sistemática”, Editora Mundo Cristão (versão online aqui).
A autoridade e o princípio fundamental no estudo da
teologia. Presume-se que todos o que atuam dentro do conceito mais amplo da teologia
“cristã” reconhecem a autoridade de Deus como norma suprema para a verdade. No
entanto, amaneira como autoridade de Deus é entendida e expressa varia
consideravelmente no meio “cristão”. [Continua.]
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