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segunda-feira, 20 de junho de 2011
O discipulado começa com a cruz e termina com a toalha.
11:05 AM
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Para ser um discípulo de Cristo é preciso negar-se a si mesmo, tomar sua cruz e seguí-lo1. Essa é a condição para o discipulado. Tudo começa com o negar-se a si mesmo. A vida cristã nada mais é, e não pode ser nada menos, que isso. Quando entendemos o negar-se a si mesmo, estamos livres do legalismo e da religiosidade. Embora o negar-se a si mesmo, algumas vezes, parecerá mesmo religião aos olhos de alguns. Outras vezes, no entando, poderá se parecer mundanismo, aos olhos de outros. Mas, de certo, o negar-se a si mesmo é mais difícil que ambos. O legalismo e a libertinagem são lados opostos de uma mesma moeda, que é a afirmação do eu, e não a sua negação.
Se o negar-se a si mesmo é o início de tudo, o ser servo de todos é o degrau último. Jesus disse que, no Reino, o maior de todos deveria ser o menor. O senhor, deveria tornar-se servo. Pense: não apenas servir, mas tornar-se um servo.2
Isso foi exatamente o que Jesus fez! A Bíblia diz que ele esvaziou-se de si mesmo, tomando a forma de servo (Filipenses 2.7). Quando Jesus toma a bacia e lava os pés dos apóstolos, não esva sendo apenas didático. Ele estava, mesmo, sendo o servo dos seus discípulos!
Quando nos tornamos servos, servimos não para alcançar algo. Servimos pelo que nos tornamos.
Apartir daqui começamos a enteder que se trata de um milagre, de uma transformação de coração.
Diante de Jesus estavam pés de homens tão pecadores quanto eu. Momentos antes eles estavam discutindo sobre quem deveria ser o maior no Reino. Os condenamos por isso, mas essa é exatamente a tendência de qualquer ser humano. Não queremos servir, mas ser servidos. E como é difícil servir a pessoas que acham que merecem ser servidas! Confesso que tenho a tendência de fazer qualquer coisas com elas, menos serví-las! Mas foi exatamente isso que Jesus fez! Essa verdade é ainda mais impressionante quando levamos em conta o contraste entre o Homem que lavava os pés e os que tinham os pés lavados.
O servo não olha para os méritos de quem é servido. O serviço se baseia em quem serve. Ou seja, ele é servo. E servo faz isso: serve. Ele olha e vê uma toalha, uma bacia e pés que precisam ser limpos. Então os limpa. Apenas isso.
Somente se dermos o primeiro passo do discipulado, que é o negar-se a si mesmo, poderemos ter experança de experimentarmos algo assim. O nosso eu, pode até querer servir, em alguns momentos, dependendo de quem é servido ou dependendo do que se pode esperar como resultado do ato de servir. Ou seja, se o serviço representar um primeiro degrau, e não o último. Mas ser servos é uma coisa que definitivamente não queremos.
A única esperança para sermos não apenas servos, mas – o milagre maior – servos segundo o coração de Jesus, é mantendo-nos a nós mesmos crucificados com Ele. E deixar Cristo, o servo, viver – e servir – em nós e através de nós. Parece clichê, mas, ao contrário, é a dinâmica e o processo do viver cristão diário. As palavras de Paulo, ditas há quase 2 mil anos, ainda ressoam e confrontam: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gálatas 2.20)
1. “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” (Lucas 9.23)
2. “Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos.” (Marcos 9.35b)
terça-feira, 14 de junho de 2011
Um Deus Feliz
9:10 AM
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“...segundo o evangelho da glória do Deus bendito, que me foi confiado.” (1 Timoteo 1.11 – grifo meu)
Você percebeu algo diferente no texto acima? Provavelmente não. Pra mim também não havia nada diferente até descobrir que “bendito”, aqui, no original, significa “feliz” (makarios, também usado nas “Bem-Aventuranças” e várias outras passagens). Ou seja: nosso Deus é feliz!
O Dr Russel Shedd escreveu que o fato de Deus ser feliz é um dos motivos pelos quais ele nos criou. Ou seja, para compartilhar sua felicidade. Devemos ter em mente esse atributo de Deus quando pensamos na criação. Ele estava feliz ao criar o homem e o criou para ser feliz (à sua imagem e semelhança).
Em 1 Timóteo 6.15, Cristo, a imagem perfeita de Deus, também é chamado de “bem-aventurado” (a mesma palavra grega é usada): “a qual, no tempo próprio, manifestará o bem-aventurado e único soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores”
Em Neemias 8.10 lemos: “Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor. Portanto não vos entristeçais, pois a alegria do Senhor é a vossa força”.
Note que não diz “a alegria no Senhor”, mas “do Senhor”. Deus é alegre, e deseja compartilhar de sua alegria. Na verdade, essa alegria é a nossa força.
No mesmo capítulo o povo foi ordenado a celebrar festivamente com folhas de palmeiras, (também usadas na recepção de Jesus, em Jerusalém). E no versículo 11, encontramos: “Acalmem-se, porque este é um dia santo. Não fiquem tristes”.
Isso é espantoso! Porque normalmente não associamos a santidade de Deus à alegria. Mas este texto apresenta justamente a santidade de Deus como o motivo de grande alegria e não de tristeza. Aliás, é interessante observar que o Templo de Deus era ornado com querubins, flores e frutos (e não só querubins). Para mim, a presença desses elementos sempre me surpreenderam, por seu ar vivo e alegre, em contraste com a imponência e serenidade do Templo.
Dizer que Deus é feliz vai tão contra a nossa cultura que quase soa como heresia. Quando imaginamos um Deus sorridente, quase queremos abandonar esse pensamento, como se estivéssemos associando-o à imagem de alguma divindade hindu.
Mas note: dizer que Deus é feliz não significa dizer que ele não se entristece. Um dos textos mais emblematicos a respeito disso está em João 11.35, em que o “Bem aventurado”, chorou a morte de um amigo.
A morte é consequencia do pecado. Entendo que antes do pecado, não havia motivo de tristeza. Ao pecar, a morte entrou na história. Mas Cristo venceu a morte! E aqueles que estão em Cristo, têm um destino diferente, o destino para o qual fomos criados. Aliás, um dos últimos versículos da Bíblia diz assim:
“Bem-aventurados [novamente, makarios] aqueles que lavam as suas vestes [no sangue do Cordeiro] para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas”. (Apocalípse 22.14)
Você já notou que o encontro da Igreja com Cristo é definido como “boda”? (Veja Apocalípse 19 7-9, onde “makarios” aparece novamente) .O que é boda? Festa! E, pensando no contexto bíblico, pense em uma festa mesmo! Aliás, é bem conhecido o texto que diz que quando um pecador se arrepende há “festa” no céu”. Se um dia santificado na terra é motivo de grande festa, imagina o que é o céu!
De certa forma, Deus quer que experimentemos um pouco dessa festa agora. “Makarios” aparece, cerca de 50 vezes no Novo Testamento, referindo-se à uma experiência atual para os crentes. Afinal, em Cristo, não temos um dia ou local santo em específico, mas vivemos na Sua santidade, em todo o tempo e lugar. O Espírito (que é Santo), o Espírito de Cristo (o Bem-Aventurado) habita em nós. Jesus disse que chegaria o dia, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores não dependeriam de um lugar santo específico para adorar, mas adorariam em Espírito e em Verdade.
Os primeiros cristãos viviam essa realidade de uma maneira espontânea. Seus encontros de celebração eram tão alegres que ficaram realmente conhecidos como festas. E não eram só nos encontros: eles experimentavam a alegria contagiante do Senhor em seu viver diário .
Se nos compenetrarmos de que o Deus a quem servimos é feliz, isso mudará não só a maneira como nos relacionamos com ele e os demais, como também a forma como o apresentamos aos homens.
[Observação: para o propósito do texto, me esquivei, aqui, de entrar nas diferenças conceituais entre “alegria” e “felicidade”. O sentido de felicidade, usado aqui, se aproxima do que normalmente é atribuido apenas à alegria, ou seja, um estado de espírito que independe de circunstâncias, mas provém de Deus. Não é anulação de tristeza, mas é algo perene e permanente.]
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Árvores
8:33 AM
2 comments
É interessane o adorno do templo com elementos vivos – lírios e romãs. E também na presença dos mesmos nas festividades judaicas (como folhas de palmeiras e tamareiras). Deus identifica o seu povo com elementos vivos e não inanimados.
O povo judeu era associado a videira em toda a Bíblia. Jesus colocou-se a si mesmo, também, como videira, e nós os ramos. Ele disse que quem permanece nele, dá muito fruto.
Fomos comparados a árvores frondosas, belas e de frutos deliciosos. O povo de Deus, alegre e vivo, quando unido ao Senhor, produz também alegria e vida àqueles que nos rodeiam. As pessoas gostam de árvores porque elas produzem sombras, são belas e dão frutos.
Acredito que o povo de Deus foi chamado para ser assim. A nossa alegria e viçosidade precisa contagiar o ambiente onde estamos, precisa reproduzir a beleza da criação de Deus (a beleza, em si, é uma criação de Deus) e precisa produzir frutos gostosos. Em outras palavras, precisa produzir vida. Por isso Deus nos comparou a árvores, e não a monumentos de pedra. Árvores crescem e dão frutos.
“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos que choram em Sião que se lhes dê uma grinalda em vez de cinzas, óleo de gozo em vez de pranto, vestidos de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado.” (Isaías 61.1-3).