quarta-feira, 5 de maio de 2010

A gente pode estar no lugar onde Deus quer que estejamos, e não estarmos no “centro da vontade de Deus”. Tudo tem a ver com o coração.
Estou aprendendo – ou reaprendendo – a ser grato a Deus. São inúmeras as referências bíblicas para sermos “agradecidos”. Mas a nossa tendência é repararmos sempre os problemas e alimentarmos a famosa atitude da “grama do vizinho” ser mais verde.
Às vezes o vizinho não é um vizinho real. Às vezes é uma idealização do que gostaríamos que fosse nossa vida. Ou a imaginação do que ela seria se tivessemos seguido por um caminho diferente.
Eu, quando era arquiteto, ansiava pelo dia em que poderia estar de tempo integral na obra do Senhor. Mas às vezes me esqueço disso. Especialmente em meio a uma situação desfavorável no mistério e, principalmente, quando me atinge diretamente. E me esqueço da bênção que é estar 100% a disposição de Deus; de poder me dar ao luxo de parar tudo o que estou fazendo pra atender a um estudante que precisa conversar com alguém; de estar em uma oraganização idônia e com credibilidad; de poder estar totalmente identificado com sua visão ministerial; de trabalhar com pessoas maravilhosas; de ter líderes aos quais respeito; de poder não me envergonhar da história dessa organização; de experimentar tudo isso e muito mais, e ainda ser cuidado por Deus em minha vida pessoal, finanças, família, etc.
Descobri que a tendência à reclamação é sintoma de um coração errado diante de Deus. E o quanto faz bem e é curador simplesmente recordar e agradecer por todas essas coisas. A Bíblia, especialmente o Velho Testamento, está repleto de relatos e salmos que servem para recordar o povo dos benefícios de Deus no passado.
Eu sei que não devemos viver de passado, mas o salmista adverte, no Salmo 81.4, que a celebração do Senhor (e com alegria!) é um decreto de Deus a Israel. E que bênção é uma ordenança como essa! Isso significa que o povo deveria se recordar dos benefícios passados e louvar a Deus por eles, seja qual fosse a situação.
Momentos de gratidão, louvor e adoração a Deus renova o nosso amor por Ele, reaviva os nossos corações. Nos faz olhar pra Deus, nossa fonte de vida. E esse olhar para Deus nos faz ver a vida de uma forma totalmente diferente. O salmo mencionado segue um roteiro interessante: conclama o povo ao louvor; relembra as bençãos passadas; adverte o povo quanto aos seus pecados; e termina dizendo o que aconteceria se o povo não tivesse um coração obstinado, mas confiasse no Senhor. Isso nos mostra que o plano de Deus ao nos ordenar que recordemos as bençãos passadas está de longe de ser que vivamos no passado. Pelo contrário: ele promete cuidar de nós, nos proteger e nos alimentar com o que tem de bom e de melhor (v 16).

1 comentários:

Obrigada Wesley por compartilhar o valor dessas coisas que estão tão presentes,mas que ironicamente nos esquecemos delas. ah...eu tambem trabalho com pessoas especiais! haha!