Ela estava prevista para nascer em meados de abril. Mas a cama molhada no meio da noite, anunciou que o inesperado estava acontecendo. Às pressas, fomos para o hospital e tivemos a constatação: o parto (por cersária, ao contrário do que queríamos) deveria ser feito imediatamente.
Eu deixei a Priscila recebendo o atendimento enquanto voltei voando em casa para buscar a câmera. Me foi dito que daria tempo, mas quando cheguei, soube que ela já tinha ido para o centro cirúrgico! Foi só tempo de comprar o roupão descartável (R$36,00!!!) e subir voando para a sala.
Foi tudo muito rápido! Em poucos minutos, eles já estavam tirando a pequenininha da barriga da minha esposa. Aliás, essa foi minha primeira reação: "meu Deus, é muito pequena!". Levaram-na para limpá-la e "embrulhá-la" e eu fui atrás para ver e fotografar tudo. Quando a vi de perto, a segunda realção: "ela é linda!"
Um misto de sentimentos, envolvendo alegria, alívio, orgulho, gratidão, e mais alguma coisa que eu não sei explicar. Alí estava a minha filha. Ela era linda, perfeita e... tão pequenininha!
Dalí, levaram-na de volta à sala de cirurgia, para a mãe. Ainda não sei o que foi mais emocionante, o nascimento, ou o momento em que a colocaram cara a cara com a Pri, e ver minha esposa se derramando em lágrimas ao vê-la pela primeira vez.
Então a levaram para uma encubadora onde ficaria em observação por alguns minutos - eu acompanhando tudo, claro. O médico me disse que pela idade e peso (Julia nasceu com 34 semanas e 2,120kg), ela deveria ir para a UTI. Eu já imaginava isso. Mas depois descobri que a idade e o peso não foram os únicos motivos. A bebê apresentava dificuldade para respirar, pelo que a colocaram no oxigênio.
Julia sofria de membrana hialina e, no dia seguinte, descobriu-se que tinha também pneumonia. Por causa disso, ela precisou de auxílio para respiração por vários dias.
O caso dela não era simples. O esforço para respirar tambem afetou a área do coração e ela precisou tomar medicamentos para isso também.
Foram dias de sofrimento, muitas orações e muito aprendizado. Sobre isso, pretendo escrever depois.
Ao todo, foram 18 dias de UTI. Na quinta-feira, dia 24 de março, finalmente, teve alta. Livre dos problemas de saúde que a levaram a internação, e também com todos os demais exames ok. Uma vitória enorme! Um grande motivo de gratidão e louvor a Deus!
Agora a Julia está em casa. Hoje, ela completa 3 semanas de vida! Sua principal missão, agora, é ganhar peso! Ou seja, precisa mamar bem - o que nem sempre é tarefa fácil!
Não podemos deixar, mais uma vez, de agradecer a tantas pessoas que nos apoiaram e cobriram com orações durante este período. Creio firmemente que vcs foram usados não só para abençoar a Julinha, mas também para nos sustentar durante dias tão difícieis. Que o Senhor os abençoe grandemente!
Abraços de Wesley, Pri e JULIA!